Mara Caseiro diz que audiência pública sobre invasões ocorreu em clima de paz

Índios e não índios expuseram seus problemas durante reunião no município de Antônio João A deputada estadual Mara Caseiro (PTdoB), presidente da Comissão de Desenvolvimento Agrário e Assuntos Indígenas da Assembleia Legislativa, participou no fim de semana de audiência pública, no município de Antônio João, para tratar da questão das invasões de terras consideradas indígenas. De acordo com a parlamentar, a reunião aconteceu em clima de paz. O encontro foi idealizado pelo vereador Agnaldo Marcelo da Silva Oliveira e pela presidente do Sindicato Rural da Cidade, Roseli Ruiz, a pedido de lideranças indígenas da região. A necessidade urgente de um posicionamento do governo federal para acabar de uma vez por todas com a guerra no campo foi ponto de consenso dos debates. “Precisamos de uma atitude da presidente Dilma, porque há vários meios jurídicos de resolver a questão da demarcação de terras, basta apenas vontade política, uma vez que quando o governo quer, resolve tudo por Medida Provisória, pressiona o Congresso, as coisas acontecem”, disparou Mara Caseiro. Segundo a deputada, a presidente precisa priorizar a questão, sobretudo tratando-se de um Estado como Mato Grosso do Sul, onde as terras não são griladas, e sim tituladas. “Tudo vai depender da boa vontade dela”, complementou, ressaltando que é preciso encontrar um meio de adquirir as terras dos produtores para repassar aos indígenas, mas mediante pagamento do preço de mercado da propriedade. “O produtor rural, que adquiriu as terras e fez um monte de benfeitorias, não pode sair lesado”, observou. O evento também contou com a presença do presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Chico Maia, dos caciques Joel e Dario, e da professora indígena Léia, além de representantes da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul). CIMI A intervenção do Cimi (Conselho Indigenista Missionário) nesse processo também foi foco dos debates. A presidente do Sindicato Rural de Antônio João enfatizou que, embora o órgão negue, está insuflando os índios para a guerra, incitando o ódio nas aldeias. A deputada Mara Caseiro informou que representantes da Igreja Católica participaram da reunião, e garantiram que esse posicionamento do Cimi não representa o pensamento de toda a igreja. Mesmo, assim, na opinião da parlamentar, o Papa Francisco deveria ser informado da atitude que o Cimi vem tomando com os índios. “O Cimi e a Funai estão colaborando e muito para essa guerra no campo, e acredito que isso vai contra os princípios de paz e justiça pregados pela Igreja”, enfatizou.

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