A deputada estadual Mara Caseiro (PT do B-MS) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa na última quinta-feira (21) para destacar os principais pontos da carta aberta enviada à presidente da República, Dilma Roussef, ministros e membros do Congresso Nacional, com sugestões para o combate à violência contra a mulher. Estes apontamentos foram levantados por especialistas em saúde, educação, segurança pública e assistência social, durante a audiência pública “Aplicabilidade e eficácia da lei Maria da Penha”, realizada no dia 3 de maio. O primeiro item lembrado pela deputada como essencial para o combate à violência de gênero é a educação. Ela destacou que tanto na família quanto na escola ainda há um ranso de criação machista das crianças, o que precisa ser urgentemente repensado. Uma das propostas é a criação de uma disciplina específica nas instituições de ensino para o ensino da igualdade. Outro ponto é a ampliação da rede de delegacias especializadas em atendimento à mulher, assim como a criação de unidades 24 horas. Mara Caseiro ressalta que a mulher agredida chega a estes locais fragilizada, e que é muito importante a presença de psicólogos e assistentes sociais para atender não só a vítima, mas também o agressor. “É preciso melhorar o trabalho de redução de trauma destas famílias”, afirmou a parlamentar. O terceiro item destacado por Mara Caseiro é a agilidade na aplicação da lei Maria da Penha, ou seja, maior rapidez na prática de medidas protetivas que impeçam que o agressor chantageie ou volte a espancar sua companheira durante o desenrolar do processo. Ainda dentro da questão da legislaç ão, a depu tada aponta que a carta aberta também propõe que o crime de agressão contra a mulher seja inafiançável. Além da presidente Dilma Roussef, o documento também foi encaminhado ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, ao presidente do Senado, José Sarney, à secretária nacional de Políticas Públicas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, e aos deputados federais Jô Moraes e Gilson Dipp.